O Perfil de Hillary Rodham Clinton

3 02 2008

Hillary Clinton

Eleita para o Senado em 2000, está actualmente a exercer o seu segundo mandato, para o qual foi eleita em 2006.

Nasceu a 26 de Outubro de 1947 em Chicago. Reside, actualmente, em Chappaqua e é casada com o antigo Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.

Hillary Clinton cresceu em Park Ridge, Estado do Illinois; o seu pai dirigia uma fábrica de cortinas. No Maine South High School mostrou brilhantismo nos estudos. A zona onde cresceu, constituía um dos principais núcleos de conservadorismo em Chicago na altura e, em 1964, a jovem Hillary Clinton fazia campanha para o conservador Barry Goldwater. Foi para o Wellesley College onde se tornou uma Democrata no ano de 1968. Foi então para a Yale Law School, onde trabalhou com o advogado dos Black Panthers. Foi em Yale que conheceu o agora marido Bill Clinton.

Depois da demissão de Nixon, Hillary regressou ao Arkansas para ensinar direito, e em Outubro de 1975 casou com Bill Clinton. Em 1976, Bill foi eleito procurador-geral do Arkansas, enquanto Hillary trabalhava para a campanha de Jimmy Carter. Em 1978, ganhou a nomeação democrata para concorrer a Governador e venceu.

Em 1982, Bill Clinton perde o que poderia ser uma reeleição e vê que tem que mudar de estratégia, tem que ser mais moderado e Hillary adopta publicamente o seu nome de família (Clinton). Em 1982, venceu novamente a eleição para Governador. Entretanto, Hillary Clinton continuou a exercer advocacia em prol da Fundo para a Defesa das Crianças e outras organizações do género. Trabalhou com a Wal-Mart, com a TCBY e em 1988 e 1991 foi nomeada pelo National Law Journal como uma das 100 mais influentes advogadas do país.

Em 1991, Bill Clinton venceu a eleição presidencial. Haviam vários rumores que davam conta das relações extraconjugais do ex-governador do Arkansas. Num pequeno-almoço com a imprensa, os Clinton admitiram que o seu casamento poderia estar a passar por problemas. Após ser eleito, Clinton incumbiu a sua esposa de levar a cabo o seu plano para a reforma do sistema de saúde. No entanto, Hillary não foi capaz de convencer o Congresso acerca dos méritos do seu plano, sendo este abandonado em Setembro de 1994.

Com nítida disciplina e determinação Hillary consegue ultrapassar vários pequenos revezes, quando em Janeiro 2008 rebenta o escândalo com Monica Lewinsky, e Hillary vai até Nova Iorque, onde aparece no Today Show a dizer que as alegações não passavam de uma conspiração da direita americana. Ela continuou a apoiar Bill Clinton, apesar de este ter sido forçado a admitir a veracidade das alegações em Agosto de 1998.

Nas eleições de 1998, Hillary fez campanha pelo Partido Democrata. Três dias após a eleição, o Senador Daniel Patrick Moynihan anunciou que não iria concorrer em 2000. Hillary foi questionada acerca da sua intenção de concorrer, ao que disse que sim, não sem antes pensar cuidadosamente sobre o assunto. O adversário no campo republicano era o “brilhante” estratega Rudy Giuliani. Com estes desenvolvimentos, a primeira-dama começou a fazer cada vez mais aparições públicas em Nova Iorque, e os concorrentes internos do Partido Democrata acabaram por se afastar.

Mas a sua campanha para o Senado prometia não ser fácil. Primeiro, foi criticada por um certo “pára-quedismo” político, no sentido em que não tinha qualquer ligação ao Estado. Depois, nitidamente com a intenção de agradar à comunidade Porto-Riquenha, Bill Clinton garantiu clemência a quatro terroristas porto-riquenhos. Este, e toda uma série de outros episódios não a favoreceram e, aquando do seu anúncio oficial em Fevereiro de 2000, as sondagens indicavam uma disputa acesa com Giuliani.

Mas Hillary deu a volta por cima, com o trabalho árduo que lhe é característico, perseverança e intensidade, atravessou o Estado, ouviu as queixas dos eleitores, inteirou-se dos problemas locais. Mostrou a mesma capacidade, com que sempre lidou com os problemas, desde as eleições do marido no Arkansas até aos escândalos em Washington. Em Abril, é diagnosticado um cancro da prostata a Giuliani; em Maio, ele anuncia que se vai separar da sua esposa. Dias depois, anuncia a sua desistência da eleição para o Senado.

Em 24 horas, os Republicanos encontraram um novo candidato: Rick Lazio. Tal como Giuliani era a favor da regulamentação do aborto. Angariou bastante dinheiro: muito dele proveniente dos denominados Hillary haters de todo o país. Acabou por ter cerca de 40 milhões de dólares disponíveis. Mas a sua campanha esteve longe da perfeição. Hillary acabou por vencer 55% – 43%.

Muitos esperavam que Hillary criasse descontentamento entre o grupo democrata no Senado, devido às suas ambições presidenciais. Mas Hillary “deu a volta” através do trabalho árduo no Senado. Afastou-se também um pouco da ribalta, recusando várias aparições em programas televisivos a nível nacional. Apenas após o 11 de Setembro apareceu outra vez no programa Meet The Press. Tentou acompanhar a maioria dos comités e aproximar-se dos Senadores Republicanos, quando estes tinham propostas que poderiam ser susceptíveis de aprovação pelos Democratas. Nas reuniões entre os Democratas servia, frequentemente, os cafés aos colegas. Até os Republicanos começaram a admitir a sua admiração por Hillary. Apoiou George W. Bush na guerra ao terrorismo votou a favor da guerra no Iraque, embora tenha feito questão que, no que dizia respeito à política doméstica tinha os maiores desacordos com a administração Bush, dizendo sobre esta: “is making America less free, less fair, less strong and smart than it deserves to be in a dangerous world”.

Na Convenção Nacional Democrata de Julho de 2004, apoiou John Kerry e, inclusivamente, fez campanha a seu lado várias vezes. Com a derrota de John Kerry, abria-se o caminho a uma futura candidatura da Senadora em 2008. Hillary foi reeleita em 2006, fazendo questão de afirmar que apenas estaria empenhada em desempenhar as suas funções. Mas agora, aparece-nos como a grande favorita à nomeação presidencial democrata. Aliás já em 2004, ironicamente afirmava acerca da candidatura de uma mulher à presidência do Afeganistão: “a feat that puts Afghanistan women ahead of American women”. A sua posição sobre o aborto, constitui uma postura que reflecte mais o establishment do Partido Democrata, e poderá ser um factor que a favorecerá no eleitorado conservador, dado que este poderá não se entender com John McCain.


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5 responses

4 02 2008
Super Terça-Feira «

[…] Hillary Rodham Clinton – 46 […]

13 02 2008
gostei da sipatia da pre candidata

acho que com hillary na presidencia dos eua o continente americano tera ainda mas prestigio e agaranto que o dollar chegarar a sua cotaçao atual?

12 04 2008
vasco Matemba

Embora admire a determinaçao de HALLARY , julgo nao ser altura scerta para a AMERICA ter uma mulher Presidente. Nao sou contra as mulheres mas este mandato estaria bem a OBAMA , por estar a apresentar um discurso semelhante ao de KENEDY E KING. A America poderá ter uma mulher Presidente mas nao se chamará HILLARY.

12 04 2008
vasco Matemba

A Hillary ja esteve na casa branca como primeira dama deixe o obama tambem ter a oportunidade de representar uma das mais importantes franjas da AMERICA que sao os AFRO-AMERICANOS.

12 06 2008
marta

acho a Hillary uma ótima candidata, mas desta vez eu prefiro o Obama

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