O sistema eleitoral norte-americano tem a particularidade de permitir que os eleitores possam votar antecipadamente. A Gallup elaborou um estudo em que aborda exactamente esses eleitores. Segundo o estudo, 31% dos apoiantes de Obama e 29% dos apoiantes de John McCain já votaram ou tencionam ainda votar antecipadamente.
A Gallup chega à conclusão de que grande parte dos europeus considera que as eleições presidenciais norte-americanas influenciará, de algum modo, as suas vidas. Embora analisando apenas três países, Reino Unido, França e Alemanha, a esmagadora maioria dos europeus prefere ver Barack Obama como Presidente dos Estados Unidos da América.
Apesar de se encontrar historicamente comprovado que os candidatos a presidente dos Estados Unidos sobem nas sondagens quando empreendem visitas no estrangeiro, especialmente quando se trata de visitar os soldados no Afeganistão e Iraque, mas também a Europa e Israel, a Gallup chega à conclusão de que Barack Obama não tem vindo a descolar nas sondagens, ao contrário do que era ambicionado e esperado pela sua campanha.
Nem o facto do Senador do Illinois ser recebido com honras de Estado parece importar para a questão.
Mais um estudo da Gallup demonstra-nos que Barack Obama está a bater John McCain no âmbito do eleitorado hispânico. A saída de Clinton não provocou uma alteração significativa das alterações de voto deste grupo que, em 2000 foi fundamental a George W. Bush para vencer a Al Gore.
A Gallup apresenta-nos as suas conclusões no que à comparação das opiniões entre os Americanos e os Candidatos concerne. Barack Obama lidera de forma inequívoca em quatro dos oito assuntos abordados, enquanto McCain apenas apresenta uma liderança estável na questão do terrorismo.
Depois da saída de Hillary Clinton da corrida é importante uma análise que nos faça perceber como se distribuirá agora o voto feminino. A Gallup chega à conclusão de que o principal beneficiado com a retirada da Senadora de Nova Iorque é precisamente Barack Obama.
Mesmo sabendo que a disputa democrata continua, John McCain aponta o seu alvo a Barack Obama. A sua intenção será amealhar os votos dos eleitores de Hillary que se recusam a apoiar o Senador do Illinois.
Um estudo da Gallup encontrou muitas semelhanças entre os registos de John Kerry e Barack Obama entre os eleitores brancos e sem curso superior. Terão o mesmo destino?
Um estudo da Gallup averigua que a maioria dos Democratas (63%) pretende que a disputa democrata continue e que 45% pretende que os superdelegados apenas decidam quando estiverem terminadas todas as primárias.
A Gallup apresenta as suas conclusões no que às diferenças de educação entre os eleitores de cada candidato concerne. Nos eleitores de meia idade, a discrepância acentua-se. Veja-se:
Seja pela crescente crispação existente entre as duas campanhas democratas, ou mesmo pelo facto das posturas adoptadas por McCain, ao longo dos tempos, se coadunarem com uma postura mais independente em relação ao seu partido, o Partido Democrata terá razões para mostrar alguma apreensão, uma vez que são largas as percentagens de apoiantes de cada uma das candidaturas que afirmam votar em McCain caso o seu candidato preferido não receba a nomeação dos Democratas.
Segundo a Gallup, os grupos em que este facto mais se agudiza são os independentes e os democratas conservadores, mas será útil espreitar as conclusões a que se chegou:
Como já aqui havíamos ilustrado, desde Fevereiro que não existe uma liderança de dois dígitos de um dos candidatos democratas sobre outro. A liderança tem pois balançado entre os dois, ao longo dos tempos, muito dependente de episódios pontuais como foram a polémica sobre a relação de Obama com o Pastor Jeremiah Wright ou os equívocos sobre a viagem à Bosnia de Hillary.
A popularidade do Senador do Arizona, John McCain, aumentou para o seu máximo, em oito anos:
Para quem em Agosto de 2007 era apontado como condenado à desistência este será, provavelmente, o melhor dos cenários que McCain terá imaginado.
A divisão do voto dos conservadores entre Mitt Romney e Mike Huckabee acabou por desfazer o mito de que seria este tipo de eleitorado a decidir o candidato republicano. Desta forma, alcançou a nomeação do seu partido com uma facilidade inesperada.
Agora encontra um Partido Democrata completamente dividido que, enquanto estiver ocupado na competição entre dois grandes candidatos, lhe vai dar espaço para esboçar o seu caminho, rumo à Casa Branca. Tudo joga a favor de McCain, sendo que até a guerra no Iraque parece, segundo as palavras de Dick Cheney, a estabilizar. Ora, se o principal handicap político (Iraque) do candidato republicano começar a dar mostras de uma melhoria gradual, então os democratas ficarão sem um dos seus mais poderosos argumentos para o confronto final de Novembro.
Pouco popular no seu partido, McCain vai granjeando apoios na sociedade civil o que, por sua vez, ao aumentar-lhe as hipóteses de ser eleito, o fará ultrapassar os problemas no seio dos Republicanos. Assim, a principal discussão em torno da candidatura do Senador será centrada na questão da Vice-Presidência.
Mitt Romney?
Charlie Crist?
Condoleezza Rice?
Qualquer um dos três dispõe de fortes argumentos para ser o escolhido. O primeiro é uma forte aposta para certificar a obtenção do voto conservador. O segundo, é apontado como tendo sido o responsável pela vitória de McCain na Florida que, por sua vez, o catapultou para uma vitória clara na Super Terça-Feira. A terceira seria uma tentativa de entrar no eleitorado base de Obama e Hillary.
A Gallup chegou à conclusão de que a maioria dos americanos pretende uma retirada do Iraque:
Poderá ser este um mau prenúncio para John McCain? Poderá esta constituir, ainda mais, a pedra de toque de Barack Obama contra Hillary Clinton? É que, goste-se ou não, o que acontece é que um dos pontos de diferenciação entre os Senadores do Illinois e Nova Iorque encontra-se exactamente neste ponto. Assim sendo, presume-se que Obama face a McCain terá mais facilidade em capitalizar o voto dos cidadãos descontentes com a guerra do Iraque.
A Gallup chegou à conclusão de que 59% dos apoiantes de Hillary Clinton aprovam uma candidatura conjunta com Barack Obama, enquando que do lado do Senador do Illinois apenas 45% aprovam uma eventual candidatura com a Senadora de Nova Iorque.
Entretanto, 60% dos apoiantes de Hillary Clinton acreditam que os superdelegados devem ser livres no uso do seu voto, enquanto que segundo do lado de Barack Obama, apenas 32% dos apoiantes aprovam esta ideia.
Segundo a Gallup, Hillary Clinton está quatro pontos percentuais à frente do seu rival Barack Obama.
Será, segundo nos parece, este o resultado mais directo da eleição da passada terça-feira. Tudo isto numa altura em que Hillary Clinton diz que não se importará de ter Obama como seu vice-presidente. Leia aqui mais sobre o tema.
No entanto, algo nos diz que o Senador do Illinois preferirá que o cenário se inverta em seu favor.
O Professor Doutor Paulo Pereira de Almeida preparou uma excelente síntese daquelas que são as principais diferenças entre John McCain e Barack Obama nos assuntos que interessam nesta campanha. Agora que o novo Presidente dos Estados Unidos irá ser eleito é de todo pertinente ter consciência das suas ideias sobre todos os temas.
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